O blog da Nanda

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Archive for the ‘monstros sagrados’ Category

Eu preciso dizer que eu te amo

Posted by Nanda on July 6, 2007

Agenor Miranda de Araújo Neto nasceu no Rio de Janeiro, filho do produtor fonográfico Araújo, da Som Livre. O seu destino como músico estava escrito nas estrelas. Cazuza, como ficou conhecido, passou um tempo na Inglaterra, nos anos 70. Voltou ao Brasil fã de Janis Joplin e Led Zepelin. Foi rebelde, desde sempre. Abandonou a faculdade depois de um mês de aulas. Trabalhou por um tempo da Som Livre, foi para os Estados Unidos e, quando voltou, em 1980, passou a ser vocalista do Barão Vermelho. Em 1985 desligou-se do grupo, para começar uma carreira solo pra lá de bem-sucedida. Lançou cinco discos em apenas quatro anos. Em 1989 tornou-se o primeiro artista brasileiro a declarar que tinha Aids, ajudando a campanha de conscientização sobre essa doença.

Admiro a sua coragem, invejo a sua rebeldia e me delicio eternamente com o seu lirismo. Cazuza foi antes de qualquer coisa, livre. E isso não é para qualquer um!

Gosto de várias de suas composições como por exemplo Exagerado, Tudo o que houver nessa vida, Burguesia e Faz Parte do Meu Show.  

Mas ele fez uma música que mexe muito comigo, por revelar de uma forma tão simples e profunda a difícil situação que é se apaixonar por um amigo. Já senti isso na pele…mais de uma vez… e só mesmo um poeta como Cazuza, para expressar isso assim de uma forma tão…tão…demais…

E, é por essa e outras, Cazuza, que eu preciso dizer que eu te amo.

Segue a letra desta obra prima. Deliciem-se…

Quando a gente conversa/Contando casos, besteiras/Tanta coisa em comum/Deixando escapar segredos/É eu nem sei em que hora dizer/ Me dá um medo (que medo)/ É que eu preciso dizer que eu te amo/Te ganhar ou perder sem engano/ É, eu preciso dizer que eu te amo/Tanto/ É até o tempo passa arrastado/ Só pra eu ficar do teu lado/ Você me chora dores de outro amor/ Se abre e acaba comigo/ E nessa novela eu não quero ser teu amigo/ É que eu preciso dizer que eu te amo/ Te ganhar ou perder sem engano/ Eu preciso dizer que eu te amo/ Tanto/ Eu já nem sei se estou misturando/ Ah, eu perco o sono/ Lembrando em cada riso teu qualquer bandeira/ Fechando e abrindo a geladeira a noite inteira/ É que eu preciso dizer que eu te amo/ te ganhar ou perder sem engano/ É que eu preciso dizer que eu te amo/ Tanto/ Quando a gente conversa/ Contando casos, besteiras/ Tanta coisa em comum/ Deixando escapar segredos/ Eu não sei em que hor dizer/ Tenho medo/ É que eu preciso dizer que eu te amo/ Te ganhar ou perder sem engano/ Eu preciso dizer que eu te amo/ Tanto/ É até o tempo passa arrastado/ Só pra eu ficar do teu lado/ Você chora dores de outro amor/ Se abre e acaba comigo/ E nessa novela, baby, eu não quero ser teu amigo/ Não, não/ É que eu preciso dizer que eu te amo/ Te ganhar ou perder sem engano.

Bravo, Cazuza!

Ofereço esta música para todos os meu casos de amor com amigos mal resolvidos (pera lá: não foram muitos não, gente!) Hehehehehehehehe

Tudo de bom!

Nanda

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Simplicidade…lindo demais!

Posted by Nanda on June 4, 2007

o poeta do concreto 

 Cada semana, uma novidade. A última, foi que pizza previne câncer do esôfago.   Acho a maior graça.  

Tomate previne isso, cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas, peraí, não exagere…  

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos. Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal prá minha saúde.

Prazer faz muito bem. Dormir me deixa 0 km. Ler um bom livro, faz-me sentir novo em folha.  

Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas, depois, rejuvenesço uns cinco anos ! Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias !  

Brigar, me provoca arritmia cardíaca. Ver pessoas tendo acessos de estupidez, me embrulha o estômago ! Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro, me faz perder toda a fé no ser humano… E telejornais…  Os médicos deveriam proibir…  como doem !  

Caminhar faz bem, namorar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo faz muito bem: você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.  

Acordar de manhã, arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite, isso sim, é prejudicial à saúde.  

E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda. Não pedir perdão pelas nossas mancadas, dá câncer, guardar mágoas, ser pessimista, preconceituoso ou falso moralista, não há tomate ou muzzarela que previna !  

Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau ! Cinema é melhor prá saúde do que pipoca.  

Conversa é melhor do que piada.  

Exercício é melhor do que cirurgia.  

Humor é melhor do que rancor.  

Amigos são melhores do que gente influente.  

Economia é melhor do que dívida.  

Pergunta é melhor do que dúvida.  

 Sonhar é o melhor de tudo e muito melhor do que nada !    

 Luís Fernando Veríssimo  

p.s.: A ilustração é um croquis de Oscar Niemeyer: o poeta do concreto   

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Solidão por Chico Buarque

Posted by Nanda on December 1, 2006

Solidão por Chico Buarque 

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear  ou fazer sexo…Isto é carência.Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar…Isto é saudade.Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos…Isto é equilíbrio.Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida…Isto é um princípio da natureza.Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado…Isto é circusntância.Solidão é muito mais que isto. Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa Alma. 

Francisco Buarque de Holanda

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Relacionamentos: a dança sagrada

Posted by Nanda on November 2, 2006

Dance by Henry Matisse

Nos relacionamentos, tanto o mérito das conquistas como a responsabilidade das crises são divididos entre todas as partes. Sempre.

Nada acontece por acaso. Nunca.

Tudo, absolutamente tudo, tem um objetivo, seja esse objetivo explícito ou velado, consciente ou inconsciente.

Todas as pessoas que estão na nossa Vida, refletem um aspecto nosso, seja positivo ou negativo. São os nossos preciosos espelhos de auto-reflexão, como dizem os índios norte-americanos.

Henry Matisse, outro monstro sagrado, traduz isso de forma bem clara nessa obra espetacular que entitulou de : Dance. O genial pintor e escultor francês faz valer o ditado popular que uma imagem vale mais que mil palavras! Êta, Matisse, vai ser gênio assim nas estrelas, com certeza as mais brilhantes dessa ou quiçás de outras galáxias…!

Nessa obra, Matisse retrata os relacionamentos como se fossem uma dança. E, nessa analogia espelha a própria essência do Universo, onde tudo dança com tudo.

Visto isso, acho que o negócio, moçada, é entrar no ritmo e abraçar essa dança, consciente que cada passinho que a gente der vai influenciar tudo e todos mais.

Happy Thursday!!!!

com beijinhos da

nanda    

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Arte na visão de um monstro sagrado

Posted by Nanda on October 24, 2006

Two Dancers on Stage by Edgar Degas

Vou inaugurar a categoria Monstros Sagrados com Jung e Degas. Pra mim os monstros sagrados conquistaram a maestria do ato de transgredir a ordem vigente, o que se sabia até então sobre determinado assunto. Eles vêem e vão muito além do óbvio, das aparências, das velhas opiniões formadas sobre tudo… Por isso são monstros…sagradíssimos.

Só como aperitivo, estou publicando aqui, nesse bloguito michuruca, a definição de Arte segundo Carl Jung. 

“O segredo da criação artística e do alcance da Arte é encontrado no retorno ao estado de participação mística num nível de experiência onde é o homem quem vive e, não o indivíduo. Nesse nível de experiência a boa ou má sorte daquele determinado ser humano não faz diferença. O que importa é a existência humana.” 

Carl Jung.   

Sem comentários…coisa pra Monstro Sagrado! 

O Degas merece um capítulo à parte. Me aguardem. 

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